Pais de criança autista denunciam que filho foi amarrado e sedado em escola do DF

Tatiana Sarkis de Oliveira, mãe de um menino de 7 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), denunciou um caso grave de maus-tratos na escola onde seu filho estuda, em Brasília. Segundo a mãe, a criança foi amarrada pelos braços e pernas e sedada dentro da instituição após manifestar um quadro de agitação, comportamento comum em pessoas com TEA.

Durante a crise, a direção da escola acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para realizar a contenção física da criança e transportá-la ao Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). No entanto, essa ação foi realizada sem o consentimento ou o conhecimento prévio dos pais, e Tatiana só foi informada quando seu filho já estava a caminho do hospital.

A mãe descreveu o impacto traumático que o episódio causou no menino. “Ele me disse: ‘Socorro, mamãe. Me amarraram, arrastaram, eu pedi para pararem, mas eu nem parecia gente. Me deram duas injeções. Eu estou no inferno?’”, relatou Tatiana, destacando o sofrimento emocional do filho.

Além disso, Tatiana afirmou que foi criticada pela escola e pelo orientador educacional, que a acusaram de negligência por não medicar o filho adequadamente e a responsabilizaram pela situação.

O caso foi encaminhado à Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e ao Conselho Tutelar para investigação e possíveis medidas.