Homem é preso e servidor é afastado durante operação contra fraudes em licitações
Segundo o MP, as fraudes geraram prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.
Durante uma operação do Ministério Público (MPGO) contra fraudes em licitações em cidades de Goiás, um homem foi preso em Anápolis, a 55 km de Goiânia, e um servidor público de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal, foi afastado. De acordo com o MP, as fraudes geraram um prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos. A Justiça proibiu 11 investigados de participarem de licitações e exercerem atos de administração, além de manterem contato com os demais investigados e testemunhas.
Não foi possível localizar as defesas dos suspeitos, uma vez que seus nomes não foram divulgados. A prefeitura de Abadiânia afirmou desconhecer o afastamento de qualquer servidor que preste serviços na cidade.
A Operação Escola Régia III, que contou com o apoio das polícias Militar, Civil e Penal, foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI). Ela é um desdobramento de outras operações, como a segunda fase ocorrida em outubro de 2022, em que foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em empresas, nas prefeituras de Abadiânia e Alexânia e em casas de servidores suspeitos de receberem dinheiro indevidamente na organização criminosa especializada em fraude em licitações no transporte escolar.
Os mandados de busca e apreensão e o de prisão foram cumpridos em Anápolis, com o objetivo de encontrar novas evidências da atuação da organização criminosa. As diligências visam investigar fraudes em licitações e contratos, peculato, corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos públicos e particulares e lavagem de capitais. A Justiça também deferiu a suspensão dos registros de sete pessoas jurídicas na Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), na Receita Federal e na Receita Estadual.